quinta-feira, 1 de julho de 2010

Projeto Ômega: a ofensiva do capital financeiro no Brasil

O projeto Ômega pretende transformar São Paulo num centro financeiro internacional, criar um mercado de moedas no país, liberalizar o câmbio, internacionalização do Real, etc. Espera-se que exista um extraordinário desenvolvimento do mercado de capitais: o mercado bancário cresceria entre 160% e 240%; o mercado de ações, de 25% a 40%; o mercado de derivativos de 45% a 75%; e o mercado de gestão de recursos de 50% a 110%. Esse projeto envolve uma maior fragilização externa da economia brasileira além de uma maior apreciação da taxa real de câmbio, aprofundando a desindustrialização da nação. Não nos enganemos: esse é o objetivo da maior inserção do capital financeiro na economia brasileira. Ao aumentar o fluxo excessivo de capitais externos, além do “crescimento” ser cada vez mais baseado em dinheiro que se comporta como capital mesmo que sem investir na produção, também se aumenta o risco dos mercados emergentes já que, afinal, uma mudança repentina na percepção dos investidores pode resultar numa enorme saída de capitais.

Esse projeto está sendo arquitetado pelo setor privado: BM&F Bovespa, Febraban e Anbima. É a derradeira passagem da economia brasileira para uma base de valorização financeira internacional do capital. São as finanças assumindo o comando da dinâmica da economia brasileira como o objetivo de tornar o Brasil um paraíso para os bancos. Para variar o que resta da esquerda no poder não se pronuncia. Quem paga seus salários institucionais é exatamente essa calhorda de parasitas.

Um comentário:

Joseildo Lima disse...

Isso é absolutamente assustador. Uma "bancarização" da economia brasileira iria acelerar o processo de desindutrailizção. Como vc bem apontou, isso acabaria por tornar a economia baseada na financeirização, ao invés da produção real. O que aconteceria aos empregos? Simplesmente um cataclisma.