segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Ato ou Angústia?

Pensando sobre a estética de leitura desse blog vou variar minha escrita e tornar as coisas mais breves e mesmo técnicas. Explicações pela ligação das idéias ao vivo.
O ideário naturalizante do binômio capitalimo e democracia está chegando a um fim: uma mudança bate nas portas da história desse início de século XXI: o mercado não tem mais tempo (capacidade) para estabelecer os mecanismos mais eficientes para o funcionamento das relações sociais sociais capitalistas estabelecidas: isso mostra o caráter do "capitalismo de desastre" direcionado para o atendimento de seus imperativos existenciais de acumulação e expansão de capital, completamente disconexo, diga-se de passagem, das necessidades humanas. Essa etapa do desenvolvimento do capital global se caracteriza pela chegada de seus limites absolutos diante da incapacidade de elimitar suas contradições internas... Vale a pena lembrar Marx: "a produção de novas necessidades constitui o primeiro ato histórico".
Pulando a assertativa das novas necessidades vamos passar para o significado do ato, entretanto, o que seria um Ato?
Psicanaliticamente lembremos que um Ato (um Evento diria Badiou) significa um gesto paupável que torna possível atravessar a fantasia fundamental que estrutural a realidade social a partir de uma contradição (antagonismo) essencial: o conflito entre capital global e trabalho trabalho num nível do significante social. Esse não é o caso da revolução?
Zizek envoca Lêcan ou Lanin (Lênin + Lacan) para nos lembrar que a questão da revolução é autorizada por si mesmo: "deveríamos arriscar o ato revolucionário sem o aval do grande Outro - o medo de tomar o poder "prematuramente", a busca da garantia, é o medo do abismo de agir... aqueles que esperam pelas condições objetivas da revolução vão esperar para sempre..." O Ato causa um impasso diante de todo o histórico do saber inconsciente ultrapassando o sujeito no sentido de estar atrelado com uma Verdade.
Temos que aceitar esse capitalismo naturalizado ou esse sistema global tem contradições que transbordam a condição progressita da utopia liberal?
A democracia te ensina a votar... então quem decida afinal?

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