Introdução
O
tema não é o novo, mas merece ainda a devida preocupação: trata-se da revolução
burguesa no Brasil.
Afinal, enquanto a burguesia estiver presente por aí, dominando o que pode e o que consegue, se coloca e recoloca a problemática da "revolução burguesa" bem como
o estudo da especificidade do desenvolvimento capitalista no Brasil.
Em seu sentido real, “revolução” significa o processo
histórico de transformações econômicas, sociais e políticas sucessivas e concentradas
num período relativamente curto, que vão dar em transformações estruturais da
sociedade e do equilíbrio recíproco das diferentes classes e categorias
sociais. São esses momentos de brusca transição de uma situação econômica,
social e política para outra que podemos entender por “revolução”.
Também em seu
sentido real, a “burguesia” são os proprietários dos meios de produção modernos,
territoriais rurais, territoriais
urbanos, industriais, bancos e instituições financeiras, proprietários de sistemas
comerciais e de serviços, proprietários agrícolas e rentistas. Nesta classe estão
incluídos fundamentalmente os
donos da maquinaria capitalista do país, isto é, grandes e médios empresários agrícolas
e pecuários, banqueiros, acionistas, industriais, comerciantes e de serviços.
Donos de grandes escritórios de advocacia, hospitais, clínicas, escolas, assim
como grande número de ações, certamente são empresários capitalistas.
Como esta
classe passou a dominar a sociedade brasileira? Quais foram suas transformações
históricas, econômicas e políticas? E sua relação com o Estado? Afinal, é possível
falar numa revolução burguesa no Brasil? Ela se esgotou ou continua ativa?
Quais são suas contradições e alternativas?
No
intuito de contribuir nessa discussão, vamos dividir este texto em quatro
postagens. Já terminei
o período entre o século XIX até o Governo FHC. Vou postá-lo daqui a pouco. Ainda
estou finalizando o período do Governo Lula até 2013-2014 e espero terminá-lo
até quinta-feira. Depois vou fazer um balanço no Rio de Janeiro disso tudo.
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