segunda-feira, 28 de junho de 2010

Nota sobre a pós-política petista – parte 2

Como analisou a agência Fitch, na política brasileira os principais partidos devem manter a linha econômica atual, e isso é “positivo” (para o capital, é óbvio). Ou seja, não importa quem vai ganhar a eleição presidencial: Dilma Roussef (PT) ou José Serra (PSDB) devem continuar com as linhas-mestras das soluções macroeconômicas já adotadas. Isso é: não há alternativa ao capitalismo em vista seja pelo PT ou seja pelo PSDB. No campo econômico, a Fitch considera que a recuperação da atividade do país está rápida. Como sintetiza a agencia que dá anuncia o “risco Brasil” para especuladores para todo o mundo, encontramos nas terras tupiniquins “uma estrutura de política macroeconômica prudente corroborada por regimes de taxa de câmbio flexíveis e meta de inflação, um balanço externo forte, um setor financeiro saudável e um consenso na condução das políticas econômicas entre os principais partidos políticos contribuem para os ratings de grau de investimento do Brasil”. Em outras palavras, depois da subida de Lula a presidência o que havia de diferença entre o projeto do PT e do PSDB está cada vez mais reduzido a questões específicas que não colocam em xeque absolutamente nada além de um capitalismo mais assistencial, humano, tolerante, etc. No seu sentido macro são os dois lados de uma mesma moeda. Parafraseando Gore Vidal, é um sistema bipartidário com duas direitas. Ainda assim os petistas acreditam que essa é a única saída ou que estão lutando pela base. Infelizmente não sabem que fazem parte mais do problema do que da solução.

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