quarta-feira, 8 de julho de 2009

Prognóstico para a atual crise

Para aqueles que acompanham esse blog, especialmente sobre a crise, sabe que nenhum prognóstico escrito até agora foi errado me dando, dessa forma, até uma possibilidade de arriscar mais alto. Para aqueles que não leram nenhum post, acredito que não se tem muito o que dizer sobre prognósticos e suas debilidades já que, afinal, não acompanharam o desdobramento dos processos de crise. Entretanto, o que escreverei hoje é mais bombástico que o usual. Ontem estive fazendo umas contas sobre as tendenciais do crescimento da dívida pública dos EUA, os gastos orçamentarios para 2010 que passam muito o limite possível, o número total do socorro de empresas e bancos pelos Estados e instituições financeiras internacionais, os efeitos gerais sobre a injeção de trilhões de dolares no sistema financeiro e suas formas de quantificação que estão caducando, a receita contínua da guerra no Oriente Árabe, a orientação do pacote de ajuda norte-americano, a diminuição progressiva e tendencial do comércio mundial e, as constantes tentativas do sistema financeiro se reerguer em ciclos expansivos e finalmente, como anda o papel do dólar na apliacação das medidas anti-crise. A corrente crise está trazendo umaa incapacidade de controle dos múltiplos eventos inter-relacinados fazendo com que, por exemplo, a astronômica liquidez jogada no sistema financeiro global trouxe a perda da eficácia da orientação política e financeira geral, acelerando a crise e não barrando-a.

O diagnóstico que darei, portanto, não faz nenhum sentido para aqueles que caem na fantasia ordinária da "retomada da economia" ou qualquer coisa desse tipo que lota a mídia nacional e internacional.

A concusão que cheguei foi que, em setembro de 2009, o sistema financeiro global ruírá com o desaparecimentos das bases financeiras em todo o mundo. Como consequencia, o desdobramento da atual crise irá trazer, no fim do verão estadunidense, o início de uma "Grande Depressão" que vai impor deslocamentos geopolíticos globais, não importando os custos sociais e ambientais envolvidos em tais empreitadas.

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