Um
perigoso incidente político, diplomático e militar está ocorrendo agora entre
China e Japão em torno do arquipélago de Diaoyu.
Este território em disputa é formado por cinco ilhas desabitadas
e três penhascos, um território de sete quilômetros quadrados conhecido como
Senkaku pelo Japão, Diaoyu pela China e Tiaoyutai por Taiwan, que também o
reivindica como seu. Nesse dia 10 de setembro o governo
japonês disse que iria “nacionalizar” as ilhas comprando dos “donos japoneses
privados” por 26 milhões de dólares para deixar
as ilhas sob “controle estatal”. Quase instantaneamente, o governo chinês se
mostrou irredutível quanto a sua posse das ilhas.
O
premiê Wen Jiabao, numa cerimônia de inauguração da uma estátua de Zhou Enlai e
Chen Yi na Universidade de Relações Internacionais de Beijing, disse que as
ilhas Diaoyu são partes inalienáveis do território da China e que o governo chinês
e seu povo “não vão fazer absolutamente nenhuma concessão em relação a
soberania e a integridade territorial”. Já o ministro de Relações Exteriores,
Hong Lei, disse que “qualquer movimento unilateral do lado japonês sobre as
ilhas Diaoyu é ilegal e inválida”. Hu Jintao disse que o Japão deve reconhecer
a gravidade da situação e deveria não tomar decisões equivocadas. Além disso, o
governo chinês enviou dois barcos civis ao redor das ilhas para fazer patrulha
e mostrar a soberania chinesa sobre as ilhas. O setor de proteção da marinha apontou
que está colocando em ação um plano para salvaguardar a soberania e irá tomar
outras ações dependendo do desenvolvimento da situação.
A iniciativa japonesa motivou também manifestações em várias
cidades chinesas, onde ocorreram protestos na frente de sedes diplomáticas
japonesas. Manifestantes em frente à Embaixada Japonesa
em Beijing tinham placas com a frase "As Ilhas Diaoyu são território
chinês". Algumas pessoas em Guangzhou se reuniram do lado de fora do
consulado japonês, gritando slogans como "Protejam as Ilhas Diaoyu!".
Cerca de 200 pessoas em Weihai marcharam nas ruas agitando faixas antijaponesas
e cantando slogans antijaponeses como "As Ilhas Diaoyu pertencem a
nós" e "Boicotem os produtos japoneses". A China defende que as
ilhas fazem parte de seu território deste tempos antigos e que a decisão do
Japão de nacionalizar as ilhas é absurda, uma provocação aberta que está
fazendo lembrar as bárbaras agressões do exército japonês contra o povo chinês.
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